sábado, 7 de janeiro de 2012

" FLOR DE CACTO "

Por Ivaldete Piunti
Vens do Azul, da Quimera, alma de olhos sidéreos,
Que a minha alma de asceta aos paramos eleva
E à minha viuvez de mágoas e mistérios
Abre as aras do Além para o ofício da treva.

Es eu bendigo, e sigo o teu corpo de Sombra,
Peito de névoa e luz; névoa das louras tranças,
Luz do olhar, desse olhar, deliciosa alfombra,
Calvário e serial de minhas esperanças.

Ilusões são punhais. Cada ilusão que aflora
A penumbra de um sonho, alma de olhos sidéreos,
Leva o espectro da cruz às flâmulas da Aurora
Cruz do Além, cruz feral, de mágoas e mistérios.

A carícia cruel de teu seio fremente
Abre as asas do Além pra o ofício da Treva,
E eu te digo. E a minha alma, ajoelhada, sente
Que a tua alma de morta ao passado nos leva...



(Poeta e Educador:Dario Velozo)

2 comentários:

  1. Olá minha linda, parabéns por esta postagem, sem sombra de dúvidas as palavras do poeta são de uma profundidade intensa, porém fui tomado por observar a imagem acima e pensar como Deus nos confundi até na natureza, pois de uma espinheira como a que é o cácto faz brotar uma flor tão linda, imagino a obra que ele realiza em muitos dos seres humanos, de uma fera tira um cordeiro e o coloca a pastar entre os lobos, leões e outros animais ferozes, domésticos, me perdoe, mas minha mente foi aquém do presente texto, um grande abraço e um beijão no fundo do coração, fica na paz do Senhor Jesus, virei aqui mais vezes, pode demorar, mas virei e parabéns pelo blog...

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  2. Ivaldete, Olá!

    Linda flor. Ela representa a resistência às agruras que a vida nos proporciona. Parabéns.
    Abraço,
    Aureliano.

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Obrigada.