Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.
(Fernando Pessoa)
Oi, Ivaldete! Tem momentos em que a vida nos coloca nesse estado. Não sabemos muito bem o que fazer e o que esperar, então nos resta entregar nosso coração nas mãos do destino e ver o que acontece. Belo poema! Um abraço!
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