A POESIA EMBRIAGA A ALMA, NOS FAZENDO VIAJAR!
DEIXA TUA MENTE TE LEVAR ONDE TEUS PÉS NÃO ALCANÇAM, LENDO BELAS POESIAS... AQUI!
*A LEITURA CULTIVA AS IDÉIAS QUE SUSTENTAM O SER, NOS FAZENDO VIAJAR, CRESCER, APRENDER...
*A POESIA EMBRIAGA A ALMA, COLOCANDO RAZÃO NO QUE TEM SENTIDO.
OBRIGADA POR FAZER PARTE AQUI DO MEU ESPAÇO, APRECIANDO ESSA MAGIA QUE É A POESIA!
UM ABRAÇO FRATERNO. FIQUEM COM DEUS!
sexta-feira, 30 de março de 2012
RESÍDUOS
Dos gritos gagos. Da rosa, ficou um pouco.
Ficou um pouco de luz captada no chapéu.
Nos olhos do rufião de ternura, ficou um pouco (muito pouco).
Pouco ficou deste pó de que teu branco sapato se cobriu.
Ficam poucas roupas, poucos véus rotos,
pouco, pouco, muito pouco.
Mas tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada, de duas folhas de grama,
do maço - vazio - de cigarros, ficou um pouco.
Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo no queixo de tua filha.
de teu áspero silêncio, um pouco ficou um pouco
nos muros zangados, nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo nos pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco de ruga na vossa testa,
retrato.
Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria
um pouco de mim?
no trem que leva ao norte, no barco, nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
Um pouco fica oscilando na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã, este vidro de relógio
partido em mil esperanças,este pescoço de cisne,
este segredo infantil...
De tudo fica um pouco: de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga, de tudo ficou um pouco;
do vento nas orelhas minhas, simplório arroto, gemido
de víscera inconformada, e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula de revólver...de aspirina.
(Carlos Drummond Andrade)
(Parte 1)
É FANTÁSTICO/É GLOBO
ORAÇÃO DE UM BLOGUEIRO
Obrigado, Senhor meu Deus pelas bençãos do progresso tecnológico, pela dádiva da internet, que me permite o acesso a informação e a cultura; obrigado, por me permitir ser um blogueiro e poder compartilhar os fragmentos das verdades que aprendemos com os livros reveladores da vossa criação. Permita-me Senhor, que ao adentrar este espaço virtual, eu possa ser um navegante atento, sincero e respeitoso, com a consciência iluminada de um bom cristão; que ao visitar o espaço alheio eu não deixe a impressão da indiferença e, sim, as pegadas de um viajor que busca encontrar o caminho do amor universal, da harmonia e da paz; que ao interagir com meus irmão de ideal, eu seja sincero, compreensivo, discreto, respeitoso, verdadeiro e leal aos princípios éticos que norteiam a nossa relação de amizade.Conceda-me a graça , Senhor, se eu for merecedor da vossa confiança, que eu seja um mensageiro da paz, da fé, da esperança e da fraternidade, que farão os meus dias melhores com a consciência de um dever cumprido. Amém.
Autor: JoãoPoeta
saudade de ter meus dias só para os meus pais, de passar o dia no pé deles e sendo tratada como criança. Saudade de fazer as mesmas coisas bobas que eu já fiz, de poder sentir todos os cheiros da infância, de viver chorando pra mãe como se tudo fosse se resolver. Saudade de sentir aquela imensa vontade de compartilhar tudo, e não de guardar como hoje. Saudade de sentir saudade de coisas que eu posso reviver e não dessas que o tempo nunca mais vai trazer.
O colar comprido, com pérolas miudinhas, em branco
as argolas de prata, em forma de um coração a pulsar
o gancho do cabelo, com uma rosinha rubra a cintilar
a lingerie simples, alva, cheirosa e pouco trabalhada
e, por fim, os sapatos audaciosos e negros, de cetim
para que os meus pés se soltassem, para te enredar
neste abraço, neste laço e neste transbordar de mim.
Nua."
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