A POESIA EMBRIAGA A ALMA, NOS FAZENDO VIAJAR!
DEIXA TUA MENTE TE LEVAR ONDE TEUS PÉS NÃO ALCANÇAM, LENDO BELAS POESIAS... AQUI!
*A LEITURA CULTIVA AS IDÉIAS QUE SUSTENTAM O SER, NOS FAZENDO VIAJAR, CRESCER, APRENDER...
*A POESIA EMBRIAGA A ALMA, COLOCANDO RAZÃO NO QUE TEM SENTIDO.
OBRIGADA POR FAZER PARTE AQUI DO MEU ESPAÇO, APRECIANDO ESSA MAGIA QUE É A POESIA!
UM ABRAÇO FRATERNO. FIQUEM COM DEUS!
quarta-feira, 6 de junho de 2012
OS TRÊS MAL-AMADOS
"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."
(http://cassiobarreto.blogspot.com.br)
É FANTÁSTICO/É GLOBO
ORAÇÃO DE UM BLOGUEIRO
Obrigado, Senhor meu Deus pelas bençãos do progresso tecnológico, pela dádiva da internet, que me permite o acesso a informação e a cultura; obrigado, por me permitir ser um blogueiro e poder compartilhar os fragmentos das verdades que aprendemos com os livros reveladores da vossa criação. Permita-me Senhor, que ao adentrar este espaço virtual, eu possa ser um navegante atento, sincero e respeitoso, com a consciência iluminada de um bom cristão; que ao visitar o espaço alheio eu não deixe a impressão da indiferença e, sim, as pegadas de um viajor que busca encontrar o caminho do amor universal, da harmonia e da paz; que ao interagir com meus irmão de ideal, eu seja sincero, compreensivo, discreto, respeitoso, verdadeiro e leal aos princípios éticos que norteiam a nossa relação de amizade.Conceda-me a graça , Senhor, se eu for merecedor da vossa confiança, que eu seja um mensageiro da paz, da fé, da esperança e da fraternidade, que farão os meus dias melhores com a consciência de um dever cumprido. Amém.
Autor: JoãoPoeta
saudade de ter meus dias só para os meus pais, de passar o dia no pé deles e sendo tratada como criança. Saudade de fazer as mesmas coisas bobas que eu já fiz, de poder sentir todos os cheiros da infância, de viver chorando pra mãe como se tudo fosse se resolver. Saudade de sentir aquela imensa vontade de compartilhar tudo, e não de guardar como hoje. Saudade de sentir saudade de coisas que eu posso reviver e não dessas que o tempo nunca mais vai trazer.
O colar comprido, com pérolas miudinhas, em branco
as argolas de prata, em forma de um coração a pulsar
o gancho do cabelo, com uma rosinha rubra a cintilar
a lingerie simples, alva, cheirosa e pouco trabalhada
e, por fim, os sapatos audaciosos e negros, de cetim
para que os meus pés se soltassem, para te enredar
neste abraço, neste laço e neste transbordar de mim.
Nua."
Um comentário:
IVALDETE, ESSE POEMA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO QUE NOS TROUXE EM SEU BLOG, TEM "Q" DE INTENSIDADE E BELEZA, POIS O AMOR É ASSIM DEVORADOR, NÃO SATISFEITO EM NOS ABSORVER E TOMAR PARA SI NOSSA IDENTIDADE E VIDA, CONSOME TUDO QUE NOS CERCA, TUDO QUE GOSTAMOS E TUDO QUE POSSA RETIRAR DE NÓS A ATENÇÃO SOBRE ELE!
BEIJOS, ESTOU AGORA FÃ DE TEU BLOG...
SE QUISERES CONHECER MINHA CASA, VISITA-ME:
http://sospoesia-ja.blogspot.com.br
TE AGUARDO POR LÁ!
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