domingo, 23 de setembro de 2012

DENTRO DA NOITE


                             Dentro da noite a vida canta  
E esgarça névoas ao luar...
Fosco minguante o vale encanta.
Morreu pecando alguma santa...
      A água não pára de chorar.
 Há um amavio esparso no ar...
Donde virá ternura tanta?...
Paira um sossego singular
      Dentro da noite...
 Sinto no meu violão vibrar
A alma penada de uma infanta
Que definhou do mal de amar...
Ouve... Dir-se-ia uma garganta
Súplice, triste, a soluçar
      Dentro da noite...
ManuelBandeira



                            

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